"Dai-me os frutos do vosso vómito. E as tesouras para podar o meu eco. A escada para subir ao elefante do escárnio. Rio-me face ao sol. E nem sei se beber vinho me faz inchar as mãos. O que está do outro lado é sempre melhor, mais feliz. Dai-mo, esse lado trespassado pela alergia de ser morrente. Para que eu ultrapasse a vida no desejo de me ter."
Sem género nem nome, assim sobrevoaremos a cidade e assistiremos à sua autodestruição. Sentiremos o chão desabar sob os nossos pés e o calor insuportável do fim do mundo. Desapareceremos. Mas na nossa concretização final, no suprimir da Terra, daremos a vida pelo diário - para que fique originalmente no centro do novo planeta que surgirá. Sim, destruamos o mundo. Sem nome nem género. A cidade em chamas, nós daremos as mãos ao ardermos. E a história há-de recomeçar já escrita.