segunda-feira, 19 de outubro de 2009

sombras de outrora hoje

A melhor maneira de talvez lidar com o passado é aceitar o facto de que nunca nos livramos totalmente dele. E assim porventura o seu peso diminua, ao nos deixarmos atingir pelas repercussões que inevitavelmente provocam novos sismos em nós. Fugir do ontem tem o preço de encarecer o presente e pode provocar crises sistemáticas no futuro - porque o equacionamos na mesma balança que o passado. E aqui chega-se a um beco com saídas amiúde escondidas. E fazer as perguntas certas é nem questionar a nossa posição. Porque é possível criar felicidade mesmo após escavarmos abismos - dançando nas trevas do buraco onde nos metemos e lembrando a luz que era a nossa antiga escuridão.

culturalmente...

Na ópera, os ciganos e os orientais cantam trechos que ao estilo operático são canções do folclore dessas origens. Ai, Carmen, como te traíram!

A Lei

Ninguém há-de abjurar o Paraíso a quem não o souber questionar por inocente falta de saber fazer perguntas. E há-de haver muitos a negarem o penoso caminho desde o chão onde caem e o buraco onde os enfiam. Eu sei disso com a força de todas as leis do amor. Tudo há-de ser eterno para esses. Ámen.

coisas destruindo outras coisas, para criar outras coisas

O que é uma vida extraordinária?

Que deserto.

Quero dar à luz.

Mas estou no deserto.