quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Do pensamento lógico
LÓGICA
Um som abafado cai
Sobre cabeças que não têm ouvidos
E o barulho que isso provoca é
Apenas as ideias daqueles que não as dizem.
Um rei que reina sobre cegos é
O maior cego que existe.
A chuva cai quando menos se espera,
Os mortos afectam os vivos,
Todos os impérios desmoronam.
Por isso,
Um som abafado cai
Sobre a cabeça de um rei que reina cegos;
O barulho da chuva acorda as ideias dos mortos e
O império dos vivos desmorona.
Ricardo Fonseca, Manchester, 2007
Um som abafado cai
Sobre cabeças que não têm ouvidos
E o barulho que isso provoca é
Apenas as ideias daqueles que não as dizem.
Um rei que reina sobre cegos é
O maior cego que existe.
A chuva cai quando menos se espera,
Os mortos afectam os vivos,
Todos os impérios desmoronam.
Por isso,
Um som abafado cai
Sobre a cabeça de um rei que reina cegos;
O barulho da chuva acorda as ideias dos mortos e
O império dos vivos desmorona.
Ricardo Fonseca, Manchester, 2007
Da natureza como os olhos de cada um
ÁGUA MORRENTE
Il pleure dans mon coeur
Comme Il pleut sur la ville.
Verlaine
Meus olhos apagados,
Vede a água cair.
Das beiras dos telhados,
Cair, sempre cair.
Das beiras dos telhados,
Cair, quase morrer...
Meus olhos apagados,
E cansados de ver.
Meus olhos, afogai-vos
Na vã tristeza ambiente.
Caí e derramai-vos
Com a água morrente.
(Camilo Pessanha, Clepsydra, 1920)
Il pleure dans mon coeur
Comme Il pleut sur la ville.
Verlaine
Meus olhos apagados,
Vede a água cair.
Das beiras dos telhados,
Cair, sempre cair.
Das beiras dos telhados,
Cair, quase morrer...
Meus olhos apagados,
E cansados de ver.
Meus olhos, afogai-vos
Na vã tristeza ambiente.
Caí e derramai-vos
Com a água morrente.
(Camilo Pessanha, Clepsydra, 1920)
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