"(...) compreendi finalmente que a ausência, a solidão e o esquecimento eram coisas terríveis, tão terríveis como uma mutilação ou a morte de um filho, tão terríveis como um velho amigo ao qual nunca mais ouviremos a voz nem conheceremos o cheiro nem saberemos a cor dos olhos, tão terríveis que, mesmo nos livros, até nos romances mais pessimistas, não devemos chamar por elas, não devemos enaltecê-las ou tentar transformá-las em beleza."
João Tordo, O BOM INVERNO