sábado, 28 de fevereiro de 2009

Why I am so Alive

To Andy & Sally, my vegetarian Guardian Angels who go to the movies and talk to people:



quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

O Medo encerrado no Corpo que falha

"Oh, but you are alone. Who knows what you have spoken to the darkness, alone, in the bitter watches of the night, when all your life seems to shrink, the walls of your bower closing in about you, a hutch to trammel some wild thing in?" - The Lord of the Rings, The Two Towers
"I dreamed I saw a great wave, climbing over green lands and above the hills. I stood upon the brink. It was uppterly dark in the abyss before my feet. A light shone behind me but I could not turn. I could only stand there, waiting." - The Lord of the Rings, The Return of the King
É nesta noite escura e sufocante que concateno estas duas citações e as aproprio para mim mesmo. Amanhã. Será uma longa espera até o amanhã. E a partir daí pode ser só um abismo. Agora percebo, Fernando Ribeiro, agora sei como não deliberadamente, mas com a culpa toda escavar um abismo.
E odeio que o Pós-Modernismo esteja tão certo em relação à condição humana: só podemos depender e confiar no nosso corpo. Mas o nosso corpo eventualmente falha. Apodrece. Morre. Esta premissa incontornável é o veículo através do qual me tentei guiar, mas penso que me esqueci de fazer as revisões e não conduzir depressa sobre lacadas. Venha um mecânico e analise. Estou para tudo.
"God knows how I adore life" Beth Gibbons, "Mysteries"

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

THE BROOKLYN FAIRIES

O romance de Paul Auster, The Brooklyn Follies, trata, entre várias outras coisas, de um personagem chamado Nathan que, de traumatizado que estava, decide escrever um livro onde regista todos os seus erros passados, todas as loucuras que cometeu, todos os desvairos e pecados. Esse livro dentro do livro chama-se The Book of Human Folly e serve como um modo de expurgar a porcaria que Nathan por diversas vezes fez.

Ontem uma senhora erroneamente chamou o romance de The Brooklyn Fairies. É curioso imaginar qual seria o livro que seria escrito dentro de este outro romance. Um conto de fadas passado em Brooklyn no início do séc. XXI? Um romance queer que tivesse como pano de fundo a queda das Torres Gémeas, simbolizando, consequentemente, a queda da homofobia de uma América que conserva New York como bastião da sanidade nacional?

Não sei, ninguém sabe, nem a senhoria saberá, porventura. A verdade é que a troca da última palavra do título da obra de Paul Auser adquire uma nova dimensão, ainda não explorada pelos GRANDES académicos que estão a participar na conferência da APEAA deste ano de 2009. Talvez um tema a tratar no próximo ano: "Self, Memory, and Expression in Fairy Literature". Sounds promising - a lot more promising than this year's edition.