O romance de Paul Auster, The Brooklyn Follies, trata, entre várias outras coisas, de um personagem chamado Nathan que, de traumatizado que estava, decide escrever um livro onde regista todos os seus erros passados, todas as loucuras que cometeu, todos os desvairos e pecados. Esse livro dentro do livro chama-se The Book of Human Folly e serve como um modo de expurgar a porcaria que Nathan por diversas vezes fez.
Ontem uma senhora erroneamente chamou o romance de The Brooklyn Fairies. É curioso imaginar qual seria o livro que seria escrito dentro de este outro romance. Um conto de fadas passado em Brooklyn no início do séc. XXI? Um romance queer que tivesse como pano de fundo a queda das Torres Gémeas, simbolizando, consequentemente, a queda da homofobia de uma América que conserva New York como bastião da sanidade nacional?
Não sei, ninguém sabe, nem a senhoria saberá, porventura. A verdade é que a troca da última palavra do título da obra de Paul Auser adquire uma nova dimensão, ainda não explorada pelos GRANDES académicos que estão a participar na conferência da APEAA deste ano de 2009. Talvez um tema a tratar no próximo ano: "Self, Memory, and Expression in Fairy Literature". Sounds promising - a lot more promising than this year's edition.
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