segunda-feira, 13 de julho de 2009

sempre

E apesar de toda a minha racionalidade ainda me questiono: estarei eu a fazer as perguntas certas?
O que me faz permanecer acordado à noite, deliberadamente, esperando que o nevoeiro desapareça e que venha o manto azul cobrir-me? Espera o meu espírito uma "mensagem nova" todos os dias e eu olho constantemente o visor do telemóvel. Mas ele devolve-me o meu próprio rosto, carregado, cometendo os mesmos crimes de outrora. Não foi para isto que me construí, direi. Mas se não foi para isto, foi para quê? Por que razão permaneço eu acordado, se a minha árvore é perfeitamente capaz de si mesma? Porque necessito eu que desvaneça a neblina?
Porque espero eu por um dos outros lados do mar, se já um me foi prometido? Porque vagueio eu aqui, esperando?
E olho para o céu. Venerando a minha estupidez. Sorrindo.