A melhor maneira de talvez lidar com o passado é aceitar o facto de que nunca nos livramos totalmente dele. E assim porventura o seu peso diminua, ao nos deixarmos atingir pelas repercussões que inevitavelmente provocam novos sismos em nós. Fugir do ontem tem o preço de encarecer o presente e pode provocar crises sistemáticas no futuro - porque o equacionamos na mesma balança que o passado. E aqui chega-se a um beco com saídas amiúde escondidas. E fazer as perguntas certas é nem questionar a nossa posição. Porque é possível criar felicidade mesmo após escavarmos abismos - dançando nas trevas do buraco onde nos metemos e lembrando a luz que era a nossa antiga escuridão.
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