sábado, 30 de janeiro de 2010
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
to a goddess unkown
"She used to be so beautiful.
She's still beautiful.
She's too sad to be beautiful. No one that sad can still be beautiful.
(...)
I've wanted to call the house and tell her that everything is okay, that she can stop hating herself now, that she's punished herself long enough."
Paul Auster, Invisible
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
recentes aquisições, recentes desastres
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
kinda funny, kinda sad
Há anos que não vejo este filme. Há anos que ando para o rever. Frase simples e de certa forma foleira que me lembro: 'What does that mean know me, know me, nobody ever knows anybody else, ever! You will never know me."
domingo, 24 de janeiro de 2010
IRRITADO
Há muitas coisas que me irritam. Uma delas é que assumam e presumam coisas a meu respeito sem me conhecerem. Do alto do seu trono de normalidade ou falsa razão, há gentinha que se acha no direito de resumir pessoas que mal conhecem a categorias completamente idiotas. Gente sem sensibilidade alguma, gente que não reconhece em si os defeitos que critica nos outros. Essa gentalha é-me desprezível, quase. E eu sou uma pessoa paciente. O reconhecimento de uma certa imaturidade mostra, de facto, maturidade. Deixa de te queixar, dizem. Para o caralho! É tudo um esvoaçar de passarada, de gente disfarçada de pombas mas que não passam de cucos.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
siste viator
"À Fragilidade da vida humana"
Esse baixel nas praias derrotado
Foi nas ondas Narciso presumido;
Esse farol nos céus escurecido
Foi do monte libré, gala do prado.
Esse nácar em cinzas desatado
Foi vistoso pavão de Abril florido;
Esse estio em vesúvios encendido
Foi zéfiro suave em doce agrado.
Se a nau, o sol, a rosa, a primavera
Estrago, eclipse, cinza, ardor cruel
Sentem nos auges de um alento vago,
Olha, cego mortal, e considera
Que és rosa, primavera, sol, baixel,
Para ser cinza, eclipse, incêndio, estrago.
Francisco de Vasconcelos, (Fénix, III: 246)
Esse baixel nas praias derrotado
Foi nas ondas Narciso presumido;
Esse farol nos céus escurecido
Foi do monte libré, gala do prado.
Esse nácar em cinzas desatado
Foi vistoso pavão de Abril florido;
Esse estio em vesúvios encendido
Foi zéfiro suave em doce agrado.
Se a nau, o sol, a rosa, a primavera
Estrago, eclipse, cinza, ardor cruel
Sentem nos auges de um alento vago,
Olha, cego mortal, e considera
Que és rosa, primavera, sol, baixel,
Para ser cinza, eclipse, incêndio, estrago.
Francisco de Vasconcelos, (Fénix, III: 246)
asas para voar, asas para cair
Já lá vão alguns anos depois do filme Brokeback Mountain ter saído. Ainda hoje não sei explicar as lágrimas que jorraram dos meus olhos antes, durante e depois de ter ido ao cinema. A partir desse momento nunca mais fui o mesmo, para o bem e para o mal. Esta canção em particular, The Wings, composta por Gustavo Santaolalla, sem palavras disse-me um caminho que segui posteriormente, que me trouxe até onde estou e sou agora. Muitos outros elementos participaram desse processo, mas o ponto de partida ou de ruptura foi este filme. E até hoje sempre que o revejo choro como se fosse a primeira vez. A memória é uma coisa que persiste em não esquecer que as dores que outrora sentimos são passíveis de serem sentidas a qualquer momento das nossas vidas. E também as alegrias, suponho. Aqui ficam as asas que me permitiram voar, cair, voar, cair, voar, cair, voar e cair. E levantar-me nos pés. Em homenagem a uma história brilhante e a um actor fantástico, que morreu sem ser o que poderia maximamente ser. R.I.P Heath Ledger. R.I.P Jack Twist. R.I.P tudo o que poderia ter sido e não foi.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
o som do piano
O quanto gostava eu que as minhas palavras dissessem o som de um piano. Que cada letra fosse uma nota, cada frase um acorde, cada língua uma música. E assim todos falaríamos o som de um piano. E nunca morreríamos. Mas pode-se só duas mãos, apenas se consegue atingir o quanto a técnica nos dita, somente podemos falar o som de um piano quando sabemos o que é a comunicação e os dedos nos ajudam a executá-la. Agora sei que devia ter aprendido mais inteiramente a linguagem da música. Porque, por vezes, não sei falar as línguas que me ensinaram - não são suficientes. E o som abafado de um piano que quer ressoar no infinito levanta-se dentro de mim, mas fica preso na minha garganta - condenado ao silêncio de uma voz que em muitas ocasiões não consegue expressar coisa alguma.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
the things you can't control
"...odds don't count when it comes to actual events, and just because a thing is unlikely to happen, that doesn't mean it won't."
Paul Auster, Invisible
domingo, 10 de janeiro de 2010
sábado, 9 de janeiro de 2010
tits
Parece que o presente número 1 que os pais americanos oferecem às filhas que se licenciam (ou acabam o liceu) é um implante mamário. Ainda estou para saber o que isso diz da cultura americana....
o limar do sexo dos anjos
"Harper Pitt: Oh well don't apologize, I can't expect someone who's really sick to entertain me.
Prior: How on earth did you know?
Harper Pitt: Oh that happens. This is the very threshold of revelation. Sometimes you can see things like how sick you are. Do you see anything about me?
Prior: Yes, you are amazingly unhappy
Harper Pitt: Big deal, you meet a valium addict, you figure out she's unhappy - that doesn't count. Of course I - something else? something suprising?
Prior: Something suprising?
Harper Pitt: Yes.
Prior: Your husband's a homo.
Harper Pitt: Well this is the most depressing hallucination I ever had. "
Tony Kushner, Angels in America
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
reiniciar
Aqui, onde o calor aquece as paredes das varandas mais altas e os cigarros se sucedem uns aos outros, aqui, onde a fome cessou e o café é de papel, aqui chove nos meus pés e o céu, limpo, tenta secá-los. Começa-se com uma queda da qual nos levantamos, sempre nos levantamos, de uma forma ou de outra nos levantamos. Até os nossos pés aguentarem mais do que uma simples caminhada curta.
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
sábado, 2 de janeiro de 2010
Novo Ano, Velhos Novos Desejos
Começo o ano novo com a impressão de que a noite passada não aconteceu. Está tudo em branco, ausência que espero poder preencher com o que achar melhor para mim. E às vezes o que apetece mesmo dizer é o cliché: que haja paz e felicidade no mundo. E então que haja paz e felicidade no mundo.
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